
Na área do design, principalmente para quem está começando, é extremamente comum que o profissional tenha muitas dúvidas em quanto cobrar e como precificar seus serviços.
O que acontece é que não existem preços fixos para serviços, e isso não é exclusividade da área do design. Um balanceamento em uma oficina automotiva, por exemplo, certamente vai ser mais caro ou mais barato do que em outra, e assim por diante.
São diversas variáveis que entram em jogo e devem ser consideradas, como o nível de conhecimento e experiência do profissional, se é freelancer ou possui uma agência, a realidade do mercado na cidade em que atua, o público-alvo, as crises econômicas, entre outras.
Naturalmente, o preço do serviço de um designer iniciante não vai ser o mesmo do que o de um designer com mais de 15 anos de experiência. Assim como um designer experiente provavelmente cobre menos do que uma grande agência da sua cidade.
Importante: Isso não é uma regra. Na verdade, nada apresentado aqui é regra. É apenas um caminho para te ajudar a definir quanto cobrar pelos seus projetos.
Também é muito comum nesse meio, nos depararmos com críticas e mais críticas em relação a preços e trabalhos, principalmente entre os que gostam de passar boas horas dos seus dias nas redes sociais. É critica contra o “micreiro”, é crítica contra o “sobrinho”, críticas e mais críticas.
Você deve ter em mente que existe mercado e clientes para todos os tipos de profissionais. Portanto, cabe a você decidir passar seus dias criticando e massageando o seu ego, ou buscar se aprimorar como profissional e se posicionar, para assim encontrar o seu devido espaço no mercado.
Nesse caso, eu sugiro fortemente que você escolha a segunda opção, e aproveite seu precioso tempo para estudar, se desenvolver e trilhar o seu caminho na profissão designer. Afinal de contas, tempo é dinheiro.
O que você vai encontrar neste artigo:
- Tabelas de preços de design
- Qual o seu estágio atual?
- Antes de precificar, conheça seus custos
- Quanto cobrar por seus serviços de design
- Calculando a sua hora de trabalho
- Preço final: Quanto cobrar por um logotipo
- Valor X Preço
- Ferramentas online para calcular a sua hora
- Concluindo e partindo para a ação!
Tabela de preços de design

Antes de ajudar você a precificar seus serviços e definir quanto cobrar dos clientes, vou abordar rapidamente esse tópico muito recorrente em nossa profissão.
Existem algumas tabelas de preços de design disponibilizadas na internet, e a mais conhecida é a tabela Adegraf, uma tabela referencial de valores da Associação dos Designers Gráficos do Distrito Federal.
A tabela foi desenvolvida com o intuito de auxiliar os profissionais a definir quanto cobrar pelos produtos e serviços apresentados, e os valores sugeridos são apenas para referência e orientação, como diz a própria Adegraf.
A questão envolvendo tabelas de preços como essa é que, na minha opinião, ela é uma tabela formulada com base em um cenário ideal de mercado, mas que está longe de ser o cenário real.
Os preços sugeridos acabam sendo impraticáveis no dia a dia dos profissionais, por uma série de motivos e pelas variáveis que já citei no início do artigo.
Sim, é possível agregar valor aos seus serviços ao longo da sua trajetória e conseguir cobrar valores aproximados aos apresentados nas tabelas de preços, mas como nosso blog tem foco em designers no início de carreira, vamos apresentar aqui a melhor opção nesse caso.
E, se eu não indico seguir as tabelas, vamos caminhar à solução!
Qual o seu estágio atual?

Primeiramente, você precisa refletir e ser muito sincero sobre qual o seu estágio atual como designer.
Nossa carreira é uma constante evolução, e você deve saber em qual fase se encontra neste exato momento. Veja três exemplos:
- Você acabou de entrar na faculdade de design e ainda não possui nenhuma experiência;
- Já está na metade da graduação de design, portanto já possui alguns trabalhos acadêmicos e alguns projetos pessoais;
- Você já se formou, possui projetos acadêmicos interessantes, fez estágio e já atendeu um ou outro cliente real.
Perceba que, mesmo um designer iniciante pode estar em diferentes estágios da sua carreira, e em questão de poucos meses ou anos essa realidade já muda. E a velocidade dessa evolução só depende de você.
Mas existe um processo de evolução básico que não tem atalhos. Você vai precisar trabalhar muito, adquirir experiência, vivenciar o dia a dia de um profissional criativo e autônomo para, aos poucos, ir encorpando o seu portfólio com projetos mais elaborados.
Antes de precificar, conheça seus custos

Uma boa gestão financeira é fundamental para conseguir ter um negócio próspero e saudável.
No livro “Quanto custa meu design?”, de André Beltrão, encontramos a seguinte citação:
“Design é uma profissão essencialmente empreendedora, mas os estudantes de design não estão acostumados a práticas de gestão.”
Acredito que, em partes, o modelo acadêmico tradicional tenha uma boa parcela de culpa nisso. O designer é formado para ser funcionário, e quem quer trilhar outro caminho acaba tendo que buscar as habilidades necessárias de outra maneira.
Cada vez mais os designers tem migrado de uma carreira em agências e empresas para seguir a carreira freelancer, ou então decidem abrir sua própria agência. Nesses casos, você precisa saber que seus dias não vão se basear apenas em criar.
Você vai passar a exercer uma atividade comercial, pois os serviços que você oferece é trocado por dinheiro. Então comece a pensar como o dono de uma empresa, ou “eupresa”, como preferir.
Com base nisso, seja você um designer freelancer ou sócio de uma pequena agência com algum parceiro, você precisa mapear as suas despesas, que podem ser divididas em custos fixos e variáveis.
Custos fixos
Os custos fixos são todas as despesas permanentes que você possui, ou seja, os custos mensais que são pagos para manter a sua estrutura em funcionamento.
Veja aqui alguns exemplos de custos fixos:
- Aluguel
- Condomínio
- Faculdade
- Transporte
- Telefone
- Internet
- Luz
- Contador
O total dos custos fixos formam o custo operacional do seu negócio.
Custos variáveis
Os custos variáveis são todas as despesas pessoais esporádicas, ou despesas específicas de cada projeto.
Confira alguns exemplos de custos variáveis:
- Restaurantes
- Viagens
- Presentes
- Suprimentos
- Correio
- Motoboy
- Serviços terceirizados
- Aquisição de imagens e fontes
- Comissões por indicação
Você deve sempre estar atento com seus custos variáveis, principalmente quando são relacionados ao projeto que você está orçando. Custos não previstos podem acabar com o seu lucro!
Para reduzir os riscos de custos não previstos “brotarem” no meio da execução de um projeto, é crucial fazer um briefing minucioso antes de partir para a ação.
Note que nos exemplos eu misturei custos pessoais e profissionais. Pensando em um modelo de negócio freelancer, onde provavelmente você trabalhe em um home office, é possível fazer a gestão pessoal e profissional em uma mesma planilha, com as devidas separações.
Mesmo sendo possível, eu prefiro separar. Mas deixo aqui a sugestão para que você teste e defina como funciona melhor para você, para a sua organização. Como disse anteriormente, não existem regras.
Já no caso de uma pequena agência, mesmo que remota, só pelo fato de existir uma sociedade eu não recomendo que vocês misturem contas pessoais com as da empresa. Crie sua planilha financeira pessoal, e faça a gestão financeira do negócio separadamente.
Quanto cobrar por seus serviços de design

Para te ajudar na precificação dos seus serviços, minha sugestão é que você comece calculando a sua hora de trabalho.
Além dos custos fixos e variáveis, você vai precisar se atentar a outras questões antes de partir para o cálculo da sua hora e chegar no valor final de quanto cobrar pelo projeto.
Vou apresentar aqui cada uma delas.
1. Em quanto tempo você realiza o trabalho
Você precisa saber o tempo médio que leva para concluir cada tipo de serviço que oferece para os clientes.
“Mas eu ainda não tenho clientes!”
Calma, esse é um processo natural, que vai se aperfeiçoando com o tempo e com suas experiências profissionais.
Realmente, para quem está começando, não é muito fácil determinar o tempo de realização de um projeto. Mas é importante que você tome consciência disso, e que desde o início da sua carreira você já comece a analisar a sua forma de trabalho e seu processo criativo.
Busque dividir o projeto em etapas, dessa forma você vai ter mais clareza de tudo o que é necessário para concluir o trabalho.
À partir de agora, vou utilizar como exemplo quanto cobrar por um logotipo.
Nesse caso, podemos dividir o projeto nas seguintes etapas:
- Briefing detalhado
- Pesquisa e análise mercadológica e de público-alvo
- Brainstorming de ideias (rascunhos)
- Seleção das melhores ideias e conceitos
- Aprimoramento das alternativas e definição da opção ideal
- Apresentação completa do logotipo
- Possíveis alterações e finalização dos arquivos
Note que eu dividi um projeto de criação de logotipo em 7 etapas. E podemos dividi-lo ainda mais. Quanto mais noção de todas as etapas necessárias para fazer o projeto, maior a clareza que você vai ter na hora de desenvolver um orçamento.
E não se preocupe em errar. Nós aprendemos entrando em campo e errando. O importante aqui é aprender com os erros e evitar que eles se repitam. Com essa consciência, cada orçamento e cada projeto que você desenvolver vai ser uma bela fonte de aprendizado.
Uma sugestão para definir quanto tempo você leva para finalizar um trabalho, é que você passe a cronometrar o tempo em que estiver envolvido com o projeto.
Fazendo isso, e após concluir alguns jobs, você já vai poder tirar a média de horas que você precisa para realizar os trabalhos, e vai sentir mais segurança nos próximos orçamentos.
Aplicar a técnica Pomodoro também pode ser uma boa opção. Esse é um método de gerenciamento de tempo utilizado por diversos profissionais. Pesquise mais sobre a técnica no nosso amigo Google.
2. Não esqueça dos impostos e processos administrativos
Além da divisão das etapas do projeto em si, você não pode esquecer dos processos administrativos que envolvem os serviços prestados.
Reuniões presenciais ou via Skype, ligações esporádicas, elaboração de contrato, trocas de e-mails, acompanhamento de impressões, entre outras tarefas que podem surgir durante o processo de desenvolvimento do projeto.
Determinar o tempo gasto com essas atividades é fundamental, e também precisa ser acrescentado em seus cálculos.
Além disso, você não pode esquecer as taxas e impostos, seja você um profissional enquadrado no MEI (microempreendedor individual) ou sócio de uma pequena empresa enquadrada no Simples Nacional.
Portanto, contabilize os impostos referentes as notas fiscais emitidas, taxas bancárias, boletos, entre outros.
3. Estabeleça sua meta
Além dos seus custos operacionais, você também precisa definir o seu salário, ou seja, quanto precisa ganhar por mês para manter seu padrão de vida.
O ideal é que esse valor seja um pouco maior do que você ganharia se estivesse trabalhando como funcionário de alguma empresa, pois você não vai ter benefícios empregatícios, como plano de saúde e vale refeição.
Mas aqui, basicamente você vai calcular todos os seus custos pessoais, e adicionar uma “gordura”, que pode ser de 30%, afinal de contas nós não queremos trabalhar só para pagar as contas, né?
Lembrando que, se você trabalha em casa, sozinho, contabiliza os custos pessoais e profissionais em uma mesma planilha, e já incluiu despesas da sua casa como luz, aluguel, entre outros nos seus custos fixos, você não pode contabilizar novamente esses custos aqui no seu salário.
Supondo que você seja um recém formado, e que a maioria dos funcionários nesse estágio da carreira ganha R$ 1.500,00 mensais, você pode estipular uma meta de R$ 2.000,00, por exemplo.
Não sabe nem por onde começar? Que tal trocar uma ideia com seus colegas da faculdade, ou outros profissionais da área? Ou até mesmo consultar sites como o Love Mondays.
4. Adicione seu lucro e uma margem de negociação
É importante que você também adicione uma margem de lucro e negociação.
Para manter seu negócio saudável, ele precisa ser lucrativo. Com isso, você vai poder investir em mais conhecimento, tecnologia, além de reinvestir parte dessa verba no próprio negócio.
Uma boa margem aqui pode ser de 20%.
E já vá se acostumando com pedidos de desconto. Isso é muito comum, principalmente aqui no Brasil, e com uma margem de negociação você tem como entrar nessa questão com o cliente sem sair no prejuízo.
5. Conheça seus concorrentes
É interessante avaliar seus principais concorrentes, para analisar o mercado como um todo e tomar melhores decisões.
Nesse caso, avalie profissionais ou empresas que estão no mesmo nível que você. Se você for um designer freelancer, de nada adianta comparar o seu negócio com uma grande agência, que possui vários funcionários e custos operacionais inexistentes em seu modelo de atuação.
Portanto, mesmo você sendo um iniciante, procure estar por dentro do que está acontecendo e como o mercado está evoluindo. Vai ser um ótimo exercício!
Calculando a sua hora de trabalho

Considerando uma jornada de trabalho semanal de 40 horas, sendo 8 horas por dia, chegamos a um total de 160 horas mensais.
Você também já calculou seus custos mensais e chegou a um valor de R$ 1.200,00. Agora vamos fazer o cálculo da sua hora, não esquecendo de adicionar sua taxa de lucro.
- Salário: R$ 2.000,00
- Custos: R$ 1.200,00
- Lucro: (2.000 + 1.200) x 20% = R$ 640,00
- Valor/hora: R$ 3.840,00 / 160 = R$ 24,00
Ficou claro para você?
Basicamente, nós somamos seu salário, seus custos e os 20% de lucro. Com esse valor total, nós dividimos pelas horas de trabalho mensais, no caso 160 horas. Com isso, chegamos ao seu valor hora que é de R$ 24,00.
Preço final: Quanto cobrar por um logotipo

Seguindo com o exemplo de quanto cobrar por um logotipo, vamos ao cálculo.
Digamos que você já analisou todas as etapas do processo de criação do logotipo, e já possui uma média de tempo que você precisa para desenvolver o projeto, que é de 15 horas.
Vamos adicionar também o tempo gasto nas questões administrativas já mencionadas aqui, que é de 2 horas. Portanto, o tempo que você precisa para desenvolver todo o projeto de criação do logotipo é de 17 horas.
Dessa forma, 17 horas vezes seu valor hora, que é R$ 24,00, chegamos a um valor de custo de R$ 408,00.
Mas atenção: esse é somente o seu valor de custo de produção, ou seja, seu custo para desenvolver um logotipo é de R$ 408,00. E se você já está formalizado e possui um CNPJ, ainda precisa incluir os impostos.
Agora vamos ao valor de mercado. Você já analisou o mercado e os concorrentes do seu nível de carreira, e concluiu que o valor médio cobrado por um logotipo é de R$ 950,00.
Com esse valor de mercado, você pode se basear para passar o orçamento. Se você chegar a conclusão que pode cobrar esse preço, vá em frente. Mas não esqueça que seu prospect precisa ver valor no seu serviço.
Se você não tiver experiência, portfólio e uma boa apresentação, provavelmente você não vai conseguir fechar negócio com base no preço de mercado.
E valor é diferente de preço.
Valor X Preço

Algumas pessoas acabam confundindo esses dois termos, e não dão a devida atenção ao real significado deles.
Em relação a negócios e negociações, preço e valor são duas coisas completamente diferentes.
A confusão ocorre quando pensam que o valor de determinado produto ou serviço é o custo dele, ou seja, o seu orçamento. Mas isso, o dinheiro, está relacionado ao preço.
Valor está relacionado ao valor percebido pelo cliente em relação ao seu serviço, é como o cliente enxerga, com clareza, os benefícios em desembolsar determinada quantia (preço) para efetuar a compra.
Portanto, é somente quando o seu cliente percebe o real valor do seu serviço que vai ser mais fácil de você fechar negócio. E aqui entra o papel de vendedor, além de outras questões como portfólio, experiência profissional, conquistas ao longo da carreira, depoimentos de outros clientes, cases, enfim, tudo o que agregue valor ao seu trabalho.
E o profissional freelancer é praticamente um “faz tudo”, pois em sua maioria é ele que atende, que executa e que entrega. Com base nisso, fica evidente que é fundamental desenvolver essas expertises.
Estudar vendas, negociação, comunicação e relacionamento com o cliente é essencial para você se desenvolver pessoal e profissionalmente, e ganhar confiança para fechar melhores negócios.
Mas, resumindo este tópico, o ideal é que seu cliente tenha a percepção de que está desembolsando pouco por um projeto extremamente qualificado, valioso, que vai trazer inúmeros benefícios para a sua empresa. Isso é valor percebido.
Se o cliente não perceber valor no seu serviço, provavelmente ele não vai querer pagar nem “a preço de banana”.
Outros detalhes importantes na precificação de serviços

Em uma nova negociação, dependendo do tipo de projeto e cliente, naturalmente podem surgir algumas questões e situações que você ainda não tenha vivenciado.
Faz parte, e isso vai agregando conhecimento à você para suas futuras negociações. Mas alguns pontos você já pode prever e estar devidamente preparado.
Vou listar três aqui:
Desconto
Já mencionei que é comum o pedido por desconto, e como você já incluiu uma “gordura” de margem de negociação antes de definir quanto cobrar, está tudo certo.
Você só precisa se atentar em estabelecer um limite. Infelizmente, alguns clientes vão ficar chorando por mais e mais desconto, e aqui “mora o perigo”.
Um desconto de 5% ou 10% é aceitável, e pode estar previsto no projeto, mas descontos maiores podem até mesmo prejudicar o andamento da negociação.
Se você der 50% de desconto, por exemplo, pode transmitir insegurança e um certo amadorismo para o seu cliente, e talvez ele perceba que pode “sugar” você e suas horas de trabalho.
Isso também não é regra, mas na maioria dos casos, esse tipo de cliente é o que vai lhe render menos lucro e vai dar mais trabalho. Normalmente é assim.
Mas não precisa ficar preocupado, pois com o tempo você vai pegando o jeito, amadurecendo e aprendendo a lidar com os diversos tipos de clientes. Tudo se baseia no relacionamento humano.
Você vai errar, isso é inevitável. Até os profissionais mais experientes continuam errando e aprendendo. É um ciclo sem fim. Faz parte!
Urgência
Esse é um ponto que você precisa se atentar na hora de fazer o briefing e definir quanto cobrar pelo job, para evitar maiores complicações no andamento do projeto.
Quem deve estipular o prazo é você, e não o cliente, afinal de contas quem vai executar de fato o serviço é você, e ninguém melhor do que você para definir o tempo necessário para essa execução.
“Mas eu não posso abrir exceções?”
Pode, claro que pode. Aí vai de cada um, e de cada situação. Mas eu recomendo fortemente, se o trabalho for “pra ontem”, ou para um prazo menor do que você normalmente precisa, que você adicione uma taxa de urgência.
Na urgência, talvez você precise trabalhar de noite, no final de semana ou em um feriado. Talvez precise passar o projeto na frente de outro. Enfim, tudo deve ser devidamente planejado para evitar ao máximo qualquer tipo de problema.
Orçamento na hora
Quando estiver no seu primeiro contato com o possível cliente, seja em uma reunião presencial, via Skype ou telefone, evite definir quanto cobrar e dar o seu preço na hora.
Se o cliente pedir, fale que você precisa analisar com calma os dados coletados para formular a sua proposta, afim de evitar possíveis enganos.
Isso é importante, pois se você falar um valor “X”, e depois retornar com o orçamento definitivo com um valor “Y”, pode ter certeza que seu cliente vai questionar e vai citar o valor “X”.
Essa é a minha sugestão para você. Se você seguir, garanto que vai ter mais tranquilidade para formular uma proposta alinhada aos objetivos e necessidades do seu prospect.
Só não demore para enviar a proposta. O ideal é no mesmo dia do contato ou, no máximo, no dia seguinte. Não deixe tudo o que foi conversado esfriar!
Ferramentas online para calcular a sua hora

Se você precisar de uma ajuda para fazer suas contas e definir quanto cobrar, também deixo aqui duas ferramentas online para auxiliar no cálculo dos seus projetos.
Ressalto que elas servem para dar uma visão geral, mas nenhuma será mais eficaz do que você mesmo colocar na ponta do lápis tudo o que foi apresentado neste artigo. Cada caso é um caso.
1. Quanto custa a minha hora?
Esse é um projeto desenvolvido pelo estúdio Entreoutros, para auxiliar o profissional autônomo a calcular sua hora de trabalho.
Para acessar a ferramenta, clique aqui.
2. Calculadora Freelancer
Criada pelo site 99Freelas, a Calculadora Freelancer é uma ferramenta simples desenvolvida para ajudar o profissional freelancer a calcular o valor da sua hora de trabalho.
Para acessar a ferramenta, clique aqui.
Concluindo e partindo para a ação!

Agora que você já tem uma base para definir quanto cobrar e como precificar seus serviços, mãos à obra.
Analise tudo o que foi passado aqui e veja o que faz mais sentido para você. Como falei inúmeras vezes, tudo isso não é regra, muito menos a verdade absoluta, mas sim um caminho para você que está iniciando.
Não se preocupe em acertar de primeira, nem em construir uma tabela de preços definitiva. Ao final de cada projeto, analise tudo o que aconteceu de positivo e negativo para tirar de lição para seus próximos desafios.
Com o tempo, você vai conseguir orçar seus serviços com muito mais facilidade.
A estrada é longa, mas garanto que com estudo, prática e dedicação você consegue atingir seus objetivos.
Espero que este conteúdo tenha te ajudado de alguma forma, e que à partir de agora você consiga definir quanto cobrar por seus projetos de design. Aproveite também para conferir o artigo sobre como conseguir clientes.




